“Aprendizagem Criativa: criando espaços para novas narrativas, expressão pessoal e significado para o currículo”, com Paola Salmona Ricci, Rita Junqueira de Camargo e Simone Kubric Lederman.
Camargo iniciou falando sobre a criação do Instituto Catalisador, que promove práticas educativas para promover o engajamento e propiciar transformações pessoais e coletivas, e que tem como estratégia a “mão na massa”. Os referenciais teórico-práticos incluem construcionismo, aprendizagem criativa, maker-centered learning e agency by design. Saiba mais em Instituto Catalisador.
Foi a partir da necessidade de tornar mais visível a aprendizagem para professores, alunos e escola que, segundo Camargo, teve contato com o Project Zero e a Agency by Design, que trazem uma aprendizagem centrada no fazer. Isso permitiu, conforme sua explicação, sensibilizar e empoderar todos os envolvidos no processo educativo para agir no mundo.
Lederman lembrou que a aprendizagem criativa vem de uma teoria chamada construcionismo, e que foi inspirada no construtivismo. “Seymour Papert foi um visionário”, explica, e um dos “precursores da computação, do pensamento computacional na aprendizagem e na educação na década de 60, 70”. Diante de computadores enormes que cabiam em uma sala e com toda a bagagem da pesquisa realizada com Jean Piaget, que mostrava a importância da criança perceber seu processo de aprendizagem, incluindo seu pensamento, as etapas, o erro, Papert percebeu que o computador e a linguagem de programação poderiam colaborar na visibilidade do pensamento da criança.
Lederman lembra ainda que, apesar de ser um movimento em torno das tecnologias digitais e dos usos do computador, “o papelão, a massinha, a areia também são objetos possíveis de serem modelados e de darem forma ao pensamento das crianças”.