São considerados ambientes de aprendizagem que não fornecem o conteúdo diretamente ao aluno, mas que utilizam-se do cognitivismo, ou seja, o aluno aprende através da busca, da descoberta e do raciocínio.
Segundo Piaget, o jogo tem uma relação estreita com a construção da inteligência e possui uma efetiva influência como instrumento incentivador e motivador no processo de ensino-aprendizagem. Na concepção piagetiana, os jogos consistem numa simples assimilação funcional, num exercício das ações individuais já aprendidas gerando, ainda, um sentimento de prazer pela ação lúdica em si e pelo domínio sobre as ações. Portanto, os jogos teriam uma dupla função: consolidar os esquemas já formados e dar prazer ou equilíbrio emocional.
Segundo Vygotsky, o lúdico influência enormemente o desenvolvimento da criança. É através do jogo que a criança aprende a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração
Piaget classificou os jogos correspondendo a um tipo de estrutura mental:
– Jogos de exercício sensório-motor: utilizados desde o nascimento até os 2 anos aproximadamente, na qual a criança brinca sozinha, sem utilização da noção de regras.
– Jogos simbólicos: utilizados dos 2 aos 6 anos, na qual as crianças adquirem a noção da existência de regras e começam a jogar com outras crianças jogos de faz-de-conta.
– Jogos de Regras: utilizados dos 7 aos 11 anos, na qual as crianças aprendem regras e jogam em grupos, numa fase de jogos como futebol, damas etc.
O uso da informática na educação através de softwares educativos possibilitou um ambiente de aprendizagem que une as características dos jogos com as de software. Ou seja, o aprendizado pode ser mais agradável e interessante, devido à possibilidade maior de interação nos jogos e por estes incluírem sons, fotos, imagens, animações entre outras mídias.