Conceito relacionado à formação de professores e que entende estes profissionais como intelectuais em processo contínuo de formação. Foi na década de 80 que começaram a ser difundidas as idéias de Donald Schön, que despertaram considerações sobre a abordagem reflexiva na formação de professores. Schön fundamentou suas pesquisas na teoria da indagação de John Dewey, filósofo, psicólogo e pedagogo norte-americano que influenciou o pensamento pedagógico contemporâneo e o movimento da Escola Nova. De acordo com Dewey, “a busca do professor reflexivo é a busca do equilíbrio entre a reflexão e a rotina, entre o ato e o pensamento”. Dessa forma, a ação reflexiva envolveria intuição, emoção e não somente um conjunto de técnicas que podem ser ensinadas aos professores. Os formadores de professores deveriam, então, propor situações de experimentação que permitem a reflexão, assim como os professores precisam refletir sobre o papel de ensinar.
Segundo a educadora brasileira Selma Garrido Pimenta, a idéia de professor reflexivo opõe-se à racionalidade técnica que marcou o trabalho e a formação de professores durante muito tempo. Neste sentido, pensar a formação do professor significa pensá-la como um continuum de formação inicial e contínua. A idéia de professor reflexivo entende, também, que a formação é, na verdade, autoformação, “uma vez que os professores reelaboram saberes iniciais em confronto com suas experiências práticas, cotidianamente vivenciadas nos contextos escolares. É nesse confronto e num processo coletivo de troca de experiências e práticas que os professores vão constituindo seus saberes como praticum, ou seja, aquele que constantemente reflete na e sobre a prática”.