Tipo de escola que cresceu independente do sistema universitário e que servia para formação de técnicos e engenheiros. Um dos aspectos importantes dessas escolas foi sua estreita relação com os interesses industriais e comerciais, aliada à mesma tradição de pesquisa científica e teórica desenvolvida nas universidades. Atualmente, muitas universidades de grande porte ainda mantêm os cursos de engenharia administrados por uma escola politécnica.
A noção de escola politécnica foi muito importante no passado porque a atuação dos engenheiros não se restringia às áreas tecnológicas. Eles também exerceram cargos administrativos e participaram ativamente das reformas de ensino. Isto se deve, de um lado, pela formação humanista e letrada que subsistia nas escolas politécnicas desde os tempos do Império e, de outro, pelas transformações por que passava o mercado de postos destinados aos detentores de diplomas superiores. Os engenheiros, portanto, dispunham de um mínimo de aptidões culturais para se lançarem em novas especializações do trabalho intelectual, tidas como carreiras subalternas, incapazes de atrair os bacharéis em direito e desviá-los das carreiras tradicionais (a representação parlamentar, a magistratura, o magistério superior, o jornalismo).